Bazhe “Rasta”, 31 anos. A conversa começou pela frase: “Sou da Macedónia. Falo pouco de inglês”. E, com um enorme sorriso, continua explicando que o pouco inglês que fala foi aprendendo durante a sua viagem, com pessoas com quem se vai cruzando e assim vai conseguindo ‘safar-se’. “Viajo sozinho e ando sem destino. Umas vezes a pé, outras vezes à boleia”. Quando lhe pergunto sobre o destino onde quer chegar responde tirando um papel do bolso com indicações para chegar a Caldas da Cavaca – localidade perto de Aguiar da Beira – onde irá decorrer um encontro de viajantes, no meio da serra. “Basicamente ando por aí. Vou-me cruzando com outros viajantes e, por vezes, sigo viagem com eles. E é assim que também vou aprendendo a falar inglês”, diz sorrindo. Revela que o método de sobrevivência no dia-a-dia não é problema porque vai conseguindo ganhar algum dinheiro sendo artista de rua e tocando Didjeridu. “Em média, consigo 10€ por dia e isso é o essencial para ir vivendo. Consigo alimentar-me com isso e posso continuar viagem. Para dormir, vou acampando onde vejo que consigo fazê-lo”, conta Bazhe. Em jeito de conclusão revela que não tem um destino para a sua viagem e que se irá limitar a viajar. Depois disso, desejei-lhe boa viagem e dei-lhe os parabéns pela coragem.
Leiria, 13 Abril 2016
Rui Miguel Pedrosa
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