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João Fernando Fonseca, 48 anos

João Fernando Fonseca, 48 anos. Conheci o João através de um amigo em comum e convidei-o no mesmo instante para fazer parte do projecto e que ele aceitou prontamente. Portuense, intitula-se, fotógrafo / designer / criativo e vive em São Miguel há 18 anos, sendo que a conversa começou obviamente por este tema: “Do Porto para São Miguel, foi uma aventura, uma passagem por cá num Carnaval, gostei “desta” história de ilha e olha passado um mês estava aqui, isto há 18 anos.” Sobre a mudança, admite que sentiu alguns sentimentos contraditórios, mas que depois de ter encontrado o seu ritmo, tudo melhorou: “ isto tudo resulta de alguma saturação do que estava a fazer no Porto na altura, sabes, daquelas alturas em que te apetece mudar na vida, vi aqui algumas oportunidades a nível profissional e conjugaram-se uma série de coisas para vir para cá. Nos primeiros tempos, foi uma mistura de sentimentos, alguma dificuldade na adaptação sobretudo, porque passas de um meio muito grande para um meio muito pequeno, haviam coisas que eram muito simples de arranjar e cá não, como por exemplo, uma historia que costumo contar, isto há 18 anos, não haviam folhas de papel fotográfico A3 a venda e demoravam cerca de 15 dias a chegar a ilha e isto foi um choque para mim, mas eu andava maravilhado com a ilha. A certa altura achei isto muito parado, até que comecei a ter o meu próprio ritmo e a coisa encarreirou e ainda bem porque isto aqui é um pequeno paraíso, depois tenho sorte de ser feliz cá, não preciso de muito, tenho uma família fantástica, amor a minha volta, tenho uma actividade profissional que adoro, tenho alguma qualidade de vida, e tenho saúde o que é já bastante.” contou-me ele claramente satisfeito com a sua nova condição de ilhéu.
Acha que São Miguel mudou muito, desde que chegou: “A alteração de mentalidades, o que foi óptimo a meu ver para a sociedade açoriana, hoje em dia é uma sociedade tão aberta como outro qualquer lugar no mundo”.

“Boa pergunta, não sei, muito honestamente não sei, temos por vezes dificuldade em perspectivar a nossa velhice, digamos assim, mas sobre o local para viver, ando sempre na dúvida se volto ou não, porque quem é de fora e tem família fora, anda sempre com esta dúvida, mas quando penso em casa, acho que penso mais em São Miguel. Eu tenho que sair com alguma frequência, mas é verdade que, passado uma semana, semana e meia, quando penso em casa, penso em São Miguel”, disse ele com um sorriso, concluindo assim a nossa conversa. Muito obrigado pela conversa e por aqueles 2 cafés Fernando, foi um prazer.

Ponta Delgada. 5 de Setembro de 2016.
Rui Soares


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