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Márcio Grilo, 35 anos

Márcio Grilo, 35 anos, bancário de profissão. E foi precisamente sobre o percurso que fez para alcançar esse objectivo, que estivemos a conversar.
Márcio diz que ganhou a sua autonomia financeira desde muito cedo. “Comecei a trabalhar quando tinha 12 anos, queria ganhar dinheiro para não sobrecarregar os meus pais”. Depois de cumprir o serviço militar, iniciou a sua actividade como vendedor. “Mas era de longe a profissão que me imaginava a ser. Então, com o apoio da minha namorada, decidi concluir o 12º ano de escolaridade. Comecei a estudar à noite e a trabalhar durante o dia. Entrei em Contabilidade, em Santarém. Mas sendo em horário diurno, era impossível conciliar com o trabalho”. Conta que acabou por ter de entrar num estabelecimento de ensino superior privado, em Leiria, uma fase que se revelou difícil, por ter que conciliar o estudo nocturno, com o trabalho diurno. “Nós, jovens temos de tomar decisões e arriscar”. E ele arriscou. “Ainda não tinha finalizado o curso, decidi vestir um fato de casamento e dirigir-me a uma unidade bancária, em Pombal, decidido a ter uma reunião com o representante do banco. Apenas levava uma pasta debaixo do braço, com o meu currículo. O representante até disse que admirou a atitude mas que não tinha oportunidade de ajudar. Um mês depois ligou-me a dizer que tinha uma proposta para trabalhar para eles. Ou seja, ainda nem tinha o curso concluído e já tinha trabalho na área que queria”.
Actualmente, reconhece que a abordagem não foi a mais correcta. Mas lutou por ela. “As pessoas deviam arriscar mais. A juventude, hoje em dia, fica até muito tarde em casa dos pais, por vezes com a ajuda deles. Acomoda-se. Depois fica a faltar-lhes uma almofada financeira para mais tarde viverem a sua vida”.

Leiria, 03 Fevereiro 2016
Rui Miguel Pedrosa


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