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Adriana Miranda, 25 anos

Adriana Miranda, 25 anos. Foi numa casinha de venda de artigos religiosos, em Fátima, que encontrei a Adriana. É ali que trabalha, nas férias de verão, para poder ganhar alguns trocos de forma a prosseguir o curso de Biotecnologia. “Sinto uma condição psicológica e queria percebê-la”, responde, quando lhe pergunto o motivo de ter optado por esse curso, explicando que sofre “de depressão, desde os 16 anos”. “E, recentemente, a minha mãe faleceu vítima de cancro”, adianta, fazendo uma pausa no discurso. Opto por não aprofundar muito esse assunto mas achando notável o facto de ter, não só, falado sobre a depressão mas ter tido a iniciativa de querer ultrapassá-la e estudar para poder vir a entender os motivos. “A ciência sempre me fascinou e acho que sempre quis trabalhar num laboratório. E estes acontecimentos encaminharam-me por esse ramo. Decidi seguir este curso porque queria perceber como funciona o cérebro a nível químico e, eventualmente, procurar respostas”, explica Adriana. Salienta que quando alguém está em depressão, a tendência é isolar-se e, dessa forma, apenas agrava a situação. “As pessoas deviam forçar-se a sair e a socializar, que é um dos fatores que ajuda imenso na progressão. Durante uma depressão, o nosso cérebro, está a fazer os níveis baixarem e cabe-nos fazer algo para que esses níveis voltem ao normal e que fiquem estáveis. Já para não falar que essas alterações chegam a provocar efeitos a nível físico”, diz. Quando lhe pergunto, e apesar de ainda estar no início do curso, se já encontrou respostas ao que procura, faz um silêncio e responde que ainda não. “E nem sei responder se tem cura. É viver um dia de cada vez. Mas no meu caso, já sinto melhorias e força de vontade de seguir em frente”, afirma.

Fátima, 7 Setembro 2016
Rui Miguel Pedrosa


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