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José Brites, 69 anos

José Brites, 69 anos. “Claro que sim. Eu tenho tempo”, responde José quando o interpelo. Depois de lhe explicar o projecto diz-me, com orgulho, que é voluntário numa associação. “Temos diversas funções na associação, como por exemplo dar apoio a pessoas com deficiência. Normalmente, as aulas acabam e nem sempre os pais têm possibilidade de os ir buscar, então nós ficamos a fazer-lhes companhia até os pais ficarem disponíveis”, explica José, acrescentando que, além desta valência, promovem ainda workshops para angariar alimentos. “As pessoas que querem fazer workshops connosco podem fazê-lo e a forma de pagarem é com bens alimentares. Para que dessa forma possamos dar esses alimentos a pessoas com mais necessidades”, descreve. Salienta que esta causa comprovou aquilo que já tinha alguma noção e lhe mostrou o que é a realidade da sociedade. “Infelizmente, as burocracias do Estado para ajudar os necessitados são coisas que demoram imenso tempo. Mas, no nosso caso, não desistimos”, afirma com alguma indignação. “Aborrece-me ver pessoas que, quando desafiadas para ajudarem outras, respondem que não têm tempo. Custa-me a compreender que não tenham duas horas por mês para ajudar quem precisa. Quando fui desafiado a entrar na associação não hesitei em dizer que sim. Sempre senti espírito de entreajuda. Pouco tempo depois percebi que aquela era uma das minhas vocações que eu sabia ser possível. É preciso fazer alguma coisa”, desabafa, realçando que ser voluntário apenas envolve tempo e dedicação. “Não recebemos nada por ser voluntários. É por isso que o somos. Mas só o sentimento de me sentir realizado em poder ajudar faz-me sentir bem”, confessa.

Leiria, 21 Julho 2016
Rui Miguel Pedrosa


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