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Maša Tomšič, 29 anos

Maša Tomšič, 29 anos. Quando conheci a Maša ela aceitou prontamente participar no projecto. Nascida na Eslovénia, apaixonou-se por Portugal em 2008 quando visitou um amigo, voltando anos mais tarde para viver: “Portugal é um lugar diferente o suficiente para mim, mas senti-me em casa, a primeira vez que estive em Portugal, não tinha qualquer expectativa, e acho que, geralmente, quando não temos qualquer expectativas, tendemos a ser surpreendidos de forma positiva, como foi o caso de Portugal, e agora já vivo cá há 5 anos”. “Eu acho que sempre quis viver noutro lugar, não porque não queria ficar na Eslovénia, porque é um lugar maravilhoso para viver, mas, porque eventualmente, eu sinto um certo tipo de inquietação e acho que, mesmo em Portugal, eu estou a começar a ficar inquieta”, diz ela a sorrir, e continuou a explicar-me; “Eu não sei bem o que me faz ter esta inquietação, mas apenas a ideia ou a consciência de tudo o que o mundo tem para nos dar a explorar e ver, e nem quero pensar sobre o facto frustrante que é, ser impossível ter tempo para explorar e ver tudo, mas mesmo com o tempo limitado que temos, eu gostaria de ver e explorar o máximo que conseguir”, acrescentando ainda “Mas eu não gosto de viajar como turista, prefiro ir para o país para trabalhar num projecto, ou para visitar alguém, mas sempre a passar algum tempo para realmente conhecer as pessoas”. Admite que sente o sentimento tão português como a saudade, da Eslovénia, “de alguns momentos”, diz ela, mas o que sente quando prepara viagens é dos momentos que mais gosta: “é como sonhar ou fantasiar. Mas qualquer tipo de planos como: onde eu posso ir, o que posso fazer lá, mas, pessoalmente, não preciso de tudo tão estruturado, eu gosto desta fase de imaginar onde poderia ser e por que razão, e o resto, têm de vir de alguma forma no decorrer da vida, um pouco de “go with the flow”, e assim, o facto de conheceres uma determinada pessoa, um projecto que aparece ou algo que a vida te traz, podes ver sempre como um potencial próximo passo” Concluímos a falar sobre a sua experiência em Portugal, onde está muito feliz e até pensa tornar Portugal a sua casa: “não parece 5 anos de todo, parece um longo ano, e eu definitivamente gostaria de ficar, essa coisa de ficar inquieto e querer ir para outro lugar, não tem nada a ver com não gostar do lugar onde estou. Isto é algo visceral, eu acho que gostaria de fazer de Portugal a minha “casa”, é claro que sempre haverá a Eslovénia. Mas no decorrer da vida podemos criar uma nova casa para nós e eu gostaria de chamar Portugal de ‘’casa’’, mas acho que ainda preciso de ir para outro lugar, mas nós precisamos de um lugar mais ou menos constante em que podemos voltar na nossa vida e isto é o que eu vejo em Portugal, mas pessoalmente também almejo, não uma forma de ser feliz no geral, acho que gostaria apenas de sentir tudo, e isso significa que tens de “provar” não só o doce da vida, mas também o amargo, e nesse sentido eu acho que sou feliz, realmente gosto da vida, do doce e do amargo da vida.” Obrigado Maša pelo teu tempo e espero que tornes Portugal na tua casa.

Ponta Delgada. 22 de Julho de 2016
Rui Soares 


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