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Jorge Oliveira, 31 anos

Jorge Oliveira, 31 anos. É natural de Setúbal mas desde os 6 anos que reside em Leiria. “Trabalhei em arqueologia durante 10 anos mas acabei por deixar a área porque se foi tornando cada vez mais complicada para sobreviver”, conta Jorge. Confessa ser uma área de que gosta imenso e que na altura em que decidiu enveredar por esse ramo, havia trabalho mas que, num curto espaço de tempo, se tornou cada vez mais escasso. “A descoberta mais importante de que fiz parte foi durante o estágio. Numas escavações, numa área habitacional de época romana, descobrimos um pote cheio de moedas”, diz, sorrindo, orgulhosamente. Atualmente decidiu regressar aos estudos e seguir a área da eletrónica, reconhecendo ser uma área completamente diferente da que exercia. Não exclui a hipótese de emigrar mas não o faz até ter uma formação mais especializada. Foi nesse momento que lhe revelei a razão de o ter abordado, levando-o a sorrir. É que o Jorge vestia um colete do “SWR Barroselas Metalfest”, um conhecido festival de música ‘metal’, em Portugal. “Olha, o que me deixa triste é que os fãs do género estão cada vez mais envelhecidos. E os jovens não parecem estar para aí virados. Aliás, tenho a certeza que eles olham para a malta da minha geração e devem achar que somos uns cotas malucos e esquisitos. Eles, hoje em dia, só querem ginásio e música daquela de abanar a anca”, diz. Reconhece que são diferentes da sua geração e acha que não têm qualquer sentimento pela música. “Eles vão a festivais porque é moda. Acho que não percebem a música. Para mim, a música, estar em concertos, chega a ser uma maneira para poder refletir”, confessa. E não tem dúvida nenhuma ao afirmar: “Eles não desbundam como nós”.

Leiria, 17 Junho 2016
Rui Miguel Pedrosa


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