Odília Teixeira, 15 anos. A Odília começa por me dizer que quer muito ser psicóloga porque gosta de ajudar os outros e sente que tem uma forma de viver e uma mente muito aberta. Gosta muitos de estudar o que as pessoas pensam, de estudar a mente do ser humano; "Óbvio que não tenho o conhecimento científico todo ainda, mas no meu dia-a-dia relaciono as atitudes das pessoas com certas situações. Mesmo não sendo igual à pessoa, consigo compreender a reacção dela.”
Do alto dos seus 15 anos, diz que o mundo de hoje em dia lhe faz um pouco confusão, porque as pessoas parecem nem ter bem a noção do que se passa à sua volta, e parecem ter perdido os "valores que são mesmo precisos". "Não sei bem dizer como é porque que consigo ser assim, um pouco diferente das pessoas da minha idade. Agora que estamos na era da tecnologia, das coisas caras, das coisas diferentes... Acho que os jovens de hoje em dia perdem um bocado as estribeiras com certas coisas, dão mais valor a coisas que são menos importantes e de certa forma não acho isso correcto”, diz cheia de sabedoria.
Gosta de ser espontânea e de se deixar surpreender pela vida, sem pensar demasiado no futuro porque os planos não são bem a sua "cena". Adora aventuras e tudo o que seja novo, novas experiências e realidades, e quer aprender sempre mais. "Espero que a minha vida seja uma surpresa todos os dias" diz entusiasmada, "não tenho nenhuma pressa em envelhecer e quero que a vida passe devagar para ir desfrutando de cada momento. Acho que as pessoas deveriam começar a ver melhor o que é importante... até porque aquilo que achamos que temos garantido pode acabar exactamente pelo facto de nunca se ter sido valorizado.”
Assim vai sendo feliz: "basta-me que a minha base, ou seja família e amigos, sejam felizes e acho que não preciso de muito mais para estar bem.” Obrigado, Odília.
Ponta Delgada. 29 de Maio de 2016
Rui Soares
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