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Carlos Nuno, 43 anos

Carlos Nuno, 43 anos - O Carlos é técnico assistente de telecomunicações na Sic, quando lhe perguntei se tinha alguma história que me quisesse contar disse: "A história que conto é a minha vitória sobre as drogas. Consumi heroína e cocaína, comecei tinha apenas 13 anos, na altura não havia informação nenhuma, fui experimentando, depois o corpo começou a pedir e sem dar por isso já estava viciado, estive metido nisso uns oito ou nove anos, mas felizmente nunca me entreguei à d...roga, nunca deixei de fazer as minhas coisas, nem nunca roubei para consumir, continuei a estudar, acabei o 12º ano e depois trabalhei sempre. Mas depois decidi ir para o Rio de Janeiro no Brasil e foi a minha salvação, se continuasse cá e no meu ciclo de amigos nunca teria conseguido deixar de consumir e muito provavelmente já não estava vivo. Foram dois anos loucos mas onde felizmente conheci a minha mulher e ela foi também a minha salvação, ela ajudou-me mesmo muito. Lá não tinha os meus amigos e fui deixando de consumir, houve momentos muito difíceis mas com o amor dela e muita força de vontade curei-me do vicio das drogas e mais feliz fico que não tive de arranjar nenhum substituto para elas, como muitos fazem que passam da droga para o álcool, apenas fumo, mas drogas nunca mais. Depois desses dois anos no Brasil voltámos os dois e já temos dois filhos, dois rapazes com 15 e 9 anos." Perguntei-lhe se não tinha medo que os filhos passassem pelo mesmo "Quer dizer medo não tenho, eu falo com eles abertamente sobre isso e hoje há muito mas muito mais informação, até nas escola sobre os efeitos que as drogas têm, sei que se fosse hoje e por essa mesma informação eu não me tinha metido nas drogas. Quero que eles saibam e sabem que para o que der e vier o paizão está aqui!" Em relação ao seu trabalho disse-me: "sempre trabalhei como te disse, posso dizer-te que nunca fui despedido de nenhum trabalho, mesmo quando consumia, gosto do que faço e mais não tenho medo de ficar desempregado porque sei que trabalho bem e se não fosse nisto seria noutra coisa qualquer".

Lisboa, 31 de maio de 2016
Miguel A. Lopes


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