Rosa Henriques, 57 anos. É portuguesa, mas de momento andar a "saltar" entre Portugal e o Brasil: “As vezes vivo no Continente também, de vez em quando venho aos Açores porque tenho várias filhas espalhadas por vários lugares!", diz entre risos, "portanto, passo umas temporadas aqui em São Miguel, outras no Faial, outras em Lisboa, mas a minha base é o Rio de Janeiro, sim.”
Com 5 filhas e 3 netas, conta que a sua formação académica foi na àrea da Educação de Infância, mas depois de ter tido a sua terceira filha, a Maria, dedicou-se só à "vida de Mãe a tempo inteiro". Desde miúda tinha o sonho de ser mãe, e talvez por isso mesmo acha que a criação das suas filhas não foi nada difícil: "Foi muito compensador porque acho que nasci mesmo para ser mãe. Especialmente com as 3 mais novas, com que pude estar a tempo inteiro. Pelo menos até 3/4 anos atrás foi muito compensador". Infelizmente agora começa a sofrer do "síndrome do ninho vazio", porque saíram todas de casa, mas tenta combater esse sentimento de vazio com viagens, e visitando-as sempre que pode, entre um continente e outro. Contou-me que a sua vida foi norteada pela educação "mais livre" que os pais lhe deram: "Eles separaram-se e depois voltaram a casar, eles eram assim contra as convenções mais instituídas da época. Eram se calhar um pouco mais à frente do seu tempo, e esta educação que me deram - mais livre no bom sentido - fez com que eu me interessasse mais com o que está no coração, o que está cá dentro”. Para terminar, diz que não é muito exigente e precisa de pouco para ser feliz: “Se tiver as filhas ao pé de mim., se tiver afectos, acho que não preciso de muito... vá, se calhar também sol e calor” diz a rir. Espera no futuro continuar assim, a viajar, e, aproximando-se dos 60 anos, só quer estar bem e não pensar muito a longo prazo."Espero isto sim... andar e viajar... ir longe”, diz com um sorriso. Que continue sempre feliz, Rosa. Obrigado.
Ponta Delgada 26 de Abril de 2016
Rui Soares
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