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João Peixoto, 32 anos

João Peixoto, 32 anos. Reconheci o João da comunicação social, porque é um conhecido jogador de futebol do Clube Operário Desportivo da Lagoa, mas nunca nos havíamos conhecido. Quando o encontrei na rua, decidi convidá-lo para o projecto. 
Logo de início, e talvez a pergunta mais óbvia, perguntei-lhe sobre a vida de futebolista. Um pouco para minha surpresa, diz-me que, embora jogue desde os 7 anos, não era propriamente o que sonhava ser quando era criança porque “ambicionava outras coisas”. No entanto, quando relembra o passado sente-se satisfeito: “olhando para trás, a minha carreira é uma carreira de que me orgulho, por isso acho que estou a fazer as coisas certas. Neste momento sou o capitão do Clube Operário Desportivo, neste momento sou o jogador que está há mais tempo do clube e sou apenas mais um a ajudar a equipa”, diz em tom humilde. Desabafa que muita gente acha que a vida de futebolista é muito fácil, mas na realidade os jogadores têm de ter muita disciplina e abdicar de muita coisa “por amor à camisola”: “isto é uma paixão, e quem quer ser futebolista tem de seguir muitas regras. Por exemplo, muitos dos meus amigos têm fins de semana, e eu estou a trabalhar. Depois também existem outras coisas boas, claro… Mas tem de ser assim, porque o futebol, para além da minha paixão, é o meu trabalho, é o meu ganha-pão, é a minha vida.” 
Está na ilha há 5 anos, mas a vida por aqui foi um “gosto adquirido”: “No início não foi nada fácil, a adaptação não foi muito boa… mas depois fui-me ambientando, e os Açores não fogem muito ao local de onde venho, ali perto do Pinhal Novo, que é uma zona pacata também.” 
De momento, diz que se sente bem como e onde está, mas, como é uma pessoa que vive de desafios, nunca se sente completamente realizado. Por fim, diz-me que o segredo para a realização é viver um dia de cada vez: “os contratos no futebol normalmente são de ano a ano, então temos de dar sempre o nosso melhor. Eu penso no futuro mas não sou obcecado por ele, prefiro viver o dia-a-dia, e é isso que nos faz felizes!” Obrigado pelo teu tempo João.

Ponta Delgada. 4 de Abril de 2016
Rui Soares


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