José Paquito, 64 anos. É de Alcácer do Sal e saiu com 12 anos, sozinho, de casa dos pais para conseguir melhores condições de vida. Foi para Setúbal trabalhar de manhã numa mercearia e à noite numa taberna e aqui trabalhou 3 anos. Aos 15 veio para Portimão porque estava saturado daquele ambiente e foi pedir emprego ao Hotel Algarve (na altura era considerado o hotel mais luxuoso de Portugal, ficando à frente do Ritz, em Lisboa). O único lugar disponível para emprego no hotel era na cozinha e o José admitiu-me que na altura pensava que na cozinha só trabalhavam mulheres e logo pensou em não aceitar mas em conversa com a mãe, onde esta lhe diz "eu não tenho como te pôr comida na mesa, tens de te sujeitar, desculpa" aceitou de imediato e teve uma enorme surpresa quando chegou à cozinha do hotel e não viu uma única mulher. No hotel a sua função era de "moço de cozinha" e só limpava tachos, descascava batatas e lavava os legumes mas ao longo do tempo ganhou confiança dos chefes de cozinha, subindo de cargo podendo com isso vestir farda branca e chapéu de cozinheiro (até então a sua farda era preta, por ser moço de cozinha). Actualmente é sócio-gerente de um dos mais reconhecidos restaurantes do Algarve, A Quintinha, e aqui já trabalha há 24 anos. Apesar de amar o que faz espera para o próximo ano reformar-se mas quer continuar na área da restauração mas de uma maneira mais distante da agitação da cozinha de um restaurante.
Obrigado pela simpatia. Um abraço.
Obrigado pela simpatia. Um abraço.
Portimão, 18 de março de 2016
João Porfírio
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