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Gracinda Alburquerque, 48 anos

Gracinda Alburquerque - 48 anos
Veio para Hamburgo há 25 anos para trabalhar. É mãe solteira de um rapaz, André (de 21 anos), que está a acabar a terminar os estudos cá, na universidade alemã. Gracinda serve às mesas, numa cadeia de restaurantes que também existe em Portugal. Gracinda e mais três amigas, também portuguesas e também a viver em Hamburgo, ficaram sensibilizadas com a temática dos refugiados depois de, casualmente, contactarem com os muitos que chegavam ali, à estação central de comboios da cidade alemã, procurando uma vida melhor na Alemanha ou à espera de partir para outro país. Diz que lá chegou a haver dias em que chegavam cerca de mil refugiados por dia; nessas alturas, os esforços eram incansáveis fora da estação por parte de todos os voluntários, médicos, professores e bombeiros.
Em frente à imponente e movimentada estação, existe um edifício onde os refugiados são registados e ajudados – ainda hoje chegam refugiados a necessitar de ajuda. Contou-me várias histórias, algumas tristes e “difíceis” de ouvir, mas outras que lhe proporcionaram um sorriso na cara.
Um dos episódios que mais lhe marcou envolveu um rapaz sírio de 20 anos que veio completamente sozinho e que rapidamente fez grande amizade com André, o filho de Gracinda. Os pais deste rapaz haviam falecido na guerra.

Hamburgo, 14 de fevereiro de 2016
João Porfírio


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