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Fernando Nunes, 45 anos

Fernando Nunes, 45 anos. Conheci o Fernando na Galeria/Editora Miolo e, surpreendentemente, sabíamos quem era um ao outro, mas nunca nos tínhamos conhecido.
É professor, entre outras coisas. Natural da Póvoa do Varzim, veio para os Açores, devido a um concurso: “Em 1989, ganhei um concurso promovido pela Antena 1 e vim cá visitar 4 ilhas. Éramos vários jovens da União Europeia e na altura fiquei surpreso. Os Açores eram-me completamente desconhecidos, tinha apenas 19 anos e isto tudo fascinou-me. Bateu-me de tal maneira que, sempre que encontrava um açoriano, procurava saber como era viver nos Açores. Depois de estudar Filosofia, ligaram-me a dizer que tinha sido colocado no Faial, uma ilha que eu frequentei bastante já que tinha uma namorada faialense na universidade e vinha cá nos verões. Então, em 2009, resolvi assentar arraiais por cá! Já vivi no Faial, Pico, Terceira e agora estou a viver cá em São Miguel”.
“Estranhamente, o concurso de professores não me correu bem e este ano estou sem dar aulas. Colaboro com o boletim “Fazendo”, escrevendo umas coisas… vou fazendo pela vida.”, diz-me ele, para continuar a falar sobre a sua experiência. Fernando conhecia os Açores apenas no Verão, refere que os invernos são duros: “o inverno é um contraste muito grande para as pessoas que gostam muito de estar cá no verão, porque a temperatura é amena, a paisagem é bonita, é luxuriante, não é? No Inverno, o chamado “capacete” sente-se, a bruma também. É um bocado uma resistência e se conseguires ultrapassar, é sinal que gostas de facto de estar cá. Aguentas a vida por cá e isso tem-me acontecido. O mau tempo e a humidade são difíceis para mim, mas aguenta-se bem.” Definindo-se, diz que: “É uma pessoa que gosta de reflectir, escrever e actuar no tempo presente sobre as coisas que acontecem à minha volta. Gosto muito de projectos colectivos e adoro quando as pessoas conseguem criar dinâmicas e fazem crescer as coisas. Sou de uma geração romântica, que gosta destas dinâmicas e de projectos colectivos.”
Entre gargalhadas e como conclusão, diz-me que: “dentro do possível, sou uma pessoa feliz. Então, quando está sol, nem se compara! E… sabes, espero que daqui a 10 anos faça mais coisas do que faço. Quero consolidar aquilo que faço mais concretamente, escrever cada vez mais e espero que esta confusão em que me vi envolvido se resolva.”. Obrigado e um abraço enorme, Fernando. Ainda vamos fazer algo juntos!

Ponta Delgada. 2 de Fevereiro de 2016
Rui Soares



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