José Guterres, 30 anos – Encontrei o José na feira dos animais a decorrer na FIL. Ele estava com uma cobra ao pescoço “faço exibições de cobras, araras e aves de rapina. Esta é uma cobra piton carpet, vem da Austrália, não é venenosa, é constritora mata por asfixia e por esmagamento das presas, pois o seu corpo é 80% musculo, mas esta é mansinha, também é pequena só tem um metro e oitenta”. Perguntei-lhe se já tinha sido mordido “já mas não doí, os dentes são muito finos parecem picadelas de agulhas. Também cá em Portugal não se pode fazer exibições com cobras venenosas, mesmo que seja mordido não há qualquer problema”. Como não percebo nada de cobras perguntei-lhe o que comia esta cobra “come ratos de laboratório, vamos a Espanha comprar”. Havia vários membros da empresa com diferentes animais a fazer exibição na feira e perguntei-lhe como era o seu trabalho na empresa. “A nossa empresa trabalha com um parque aquático no Algarve. Temos cerca de sessenta e tal cobras e cento e tal aves. Temos águias, falcões, mochos e araras. No inverno participamos em várias feiras de norte a sul do país e também vamos à Madeira, pois precisamos de nos sustentar e claro alimentar os nossos animais porque no inverno o parque está fechado. No verão é que há muito trabalho no parque”. O José já viveu fora “há uns anos estive seis meses em Inglaterra mas foi só uma experiência, só tenho o 12º anos e fui lá trabalhar. Voltei e já estou neste ramo há 10 anos e gosto muito”. Agradeci-lhe ter sido o meu estranho e desejei-lhe uma boa feira. Quem quiser pode visitar a feira na FIL até 31 de janeiro, vale mesmo a pena!
Lisboa, 29 de Janeiro de 2016
Miguel A. Lopes
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