Jakilson Defaya, 22 anos - "Defaya" embora não seja este o seu segundo nome ele usa-o, porque adora dançar Kuduro e Afro House e é uma homenagem pessoal ao seu grupo de musica preferido Angolano "Os Defaya". Estuda informática e é isso que quer fazer no futuro, mas trabalha também e já é chefe de manutenção num dos maiores ginásios em Lisboa. Disse-me que sempre trabalhou e que num dos últimos trabalhos sentiu que foi discriminado e por essa razão despediu-se. "Achavam sempre que eu roubava, mesmo que eu não trabalhasse ao fim de semana na segunda feira vinham-me fazer perguntas de coisas que desapareciam, lá acham que os pretos são todos ladrões! Sempre estudei e aos 17 anos já tinha o 12º ano feito e em Inglaterra que foi mais difícil". Nasceu em Angola mas veio viver para Portugal aos quatro anos com familiares, a sua mãe ficou em Angola e só a voltou a ver quando ela veio viver para Portugal há cinco anos, mas não quis alongar esse assunto. Quando falamos da sua geração disse-me "Acho que os jovens hoje não se mexem, dizem que não há emprego mas não querem é trabalhar, eu podia ter tido outro caminho mas a minha cena é mesmo a dança".
Lisboa, 21 de Dezembro de 2015.
Miguel A. Lopes
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