Paulo Rebelo Lorient, 53 anos. Por diversas vezes que, na procura de um “estranho”, me cruzei com o Paulo, sem nunca ter tido a oportunidade de o abordar. Está a residir em Leiria há cerca de 30 anos e é fotógrafo de moda/nu artístico. Conta que devia ter 12 anos quando começou a descobrir a fotografia. “Olha, é engraçado. Isto da fotografia começou depois de encontrar uma máquina fotográfica num caixote do lixo”, revela sorrindo. “E nesse mesmo ano participei num concurso de fotografia de uma revista cor-de-rosa em Portugal e ganhei. Acho que ter ganho esse concurso me motivou a seguir fotografia”, confessa Paulo. Explica que a área a que se dedica tem procura, embora muitas pessoas a explorem apenas para ficarem com uma recordação. “Não costumo publicar tudo o que vou fazendo. E obviamente que apenas utilizo aqueles trabalhos que as pessoas autorizam. Além da procura para trabalhos de moda, ou portefólios, existe quem me procure para ter uma experiência nessa área e nessas alturas é importante deixar a pessoa à vontade. E, felizmente, não me recordo de alguma vez ter corrido menos bem”, esclarece Paulo, sublinhando que o nu artístico nada tem a ver com pornografia. “No nú artístico nem se vê os órgãos genitais. Por exemplo, eu gosto imenso de trabalhar com o jogo de sombras e luz. E a beleza é precisamente essa”, explica. Paulo considera ainda que a sociedade já está mais aberta a este tipo de fotografia. “É certo que depende sempre da fotografia, mas fico feliz por ver que a sociedade já a aceita. Afinal é a forma natural com que viemos ao mundo. Já para não falar que as pessoas têm o terrível hábito de criticar mas depois acabam sempre por ir ver”, conclui, sorrindo.
Leiria, 7 Julho 2016
Rui Miguel Pedrosa
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