Conheci o Gonçalo devido a uma reportagem que fiz para o jornal em que trabalho, acabando por falar da sua atividade profissional. É motorista da (controversa) Uber desde janeiro, tendo ficado curioso pelo motivo que o levou a escolher este ramo profissional. Após tê-lo questionado sobre o assunto, afirmou que a razão que o moveu para determinada escolha devia-se à sua vontade e necessidade de trabalhar a part-time, para conseguir pagar os estudos. Atualmente trabalha à noite durante as sextas e sábados, sendo que nos restantes dias coordena as equipas de motoristas da empresa parceira da Uber. Confessa que a experiência está a ser positiva, considerando-se cliente de um serviço que prima pela qualidade e preços acessíveis, dando ênfase à facilidade com que os clientes podem ter acesso aos serviços da empresa através dos seus telemóveis. Admite já ter tido alguns conflitos com taxistas, uma vez que já conhecem o seu carro de trabalho. Devido a isto, muda de viatura mensalmente a fim de despistar os taxistas. "Uma vez parei num semáforo à noite, tendo sido abordado por quatro taxistas que, por não terem sucedido com o seu plano de tirar-me do carro, partiram-me um dos vidros da porta. Arranquei imediatamente. Apresentei queixa à polícia, tendo-me identificado como motorista da uber, ao que os agentes responderam que tinha tido muita sorte em ter escapado ileso". No entanto tem amigos taxistas que para além do serviço de táxi são também motoristas da plataforma Uber. Ficou prometido pelo Gonçalo uma viagem de Uber. Continuação de boa sorte nos estudos e bom trabalho.
Lisboa, 25 de julho de 2016
João Porfírio
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