Daniela Mendes, 18 anos. Esta manhã, durante um simulacro do Núcleo de Resgate Aquático dos Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria, tive a oportunidade de conhecer esta jovem bombeira. Apesar de ainda estar em fase de formação para integrar a corporação, afirma que os bombeiros são a sua paixão. “Desde pequena que quero ser bombeira mas como sempre pratiquei várias modalidades desportivas acabei por nunca ter tempo. Além de ter alguns familiares ligados aos bombeiros acho que fui mais influenciada pela minha mãe. Ela é auxiliar de acção médica e, ao mesmo tempo, sempre me ensinou coisas básicas para prestar auxílio. Se calhar o bichinho deve ter vindo daí”, diz sorrindo. Em seguida, começamos a falar da importância do trabalho que um bombeiro exerce, uma tarefa que reconhece ser dura, em que é preciso controlar as emoções. “Acho que o meu maior receio é se algum dia tiver que prestar auxílio a alguém da minha família ou algum conhecido. Acho que nessa altura irei ficar apreensiva mas espero conseguir ajudar. Mas pronto, obviamente nem quero pensar nisso”, confessa. Em todo este percurso, houve um episódio que a fez ter a certeza do que queria ser. Num dia que estava em casa dos avós houve um acidente lá perto e foi a primeira a chegar. “Nunca mais me vou esquecer. Um despiste de uma viatura com uma senhora e uma criança no interior. Que mais tarde vim a saber que ela tinha ficado cega. Fui a primeira a chegar ao local mas não podia fazer nada, porque não sabia. Apenas consegui aplicar os conhecimentos básicos que a minha mãe sempre me ensinou. Isso incentivou-me a querer aprender mais. Mas marcou-me e fez-me querer entrar na família que são os bombeiros”.
Praia da Vieira de Leiria, 3 Julho 2016
Rui Miguel Pedrosa
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