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Kohndo Assogba, 40 anos

Kohndo Assogba, 40 anos. Estou de momento na França, no Festival de Hip-Hop de Paris, e foi aqui que conheci o Kohndo, ou melhor, que reconheci o Kohndo, porque era um dos membros do famoso grupo de rap dos anos 90, 'Le Cliqua'. Aceitou de imediato conversar comigo. Conta-me que é natural de Benin, mas está a viver de momento no 19 distrito de Paris, um lugar onde se respira e vive arte 24h por dia. Enveredou pelo mundo do Rap em 94 com 'Le Cliqua', e hoje em dia tem uma carreira a solo com 4 álbuns, sendo que o mais recente, 'Intra-Muros', foi lançado em Fevereiro: "Todas as 15 músicas deste álbum são sobre um taxista e todas as pessoas que entram no seu taxi durante uma noite. É sobre as conversas que decidem partilhar com ele, é sobre a partilha, a proximidade entre as pessoas... porque eu acho que todas as pessoas estão como que presas, seja física ou mentalmente... e é sobre isso que eu me expresso. Eu escrevo e canto acerca daquilo que gosto". Sendo que é a primeira vez que estou em Paris depois do terrível atentado de Novembro, inevitavelmente o assunto surgiu e tentei perceber de que forma afectou a sua vida. Diz-me que tem muita sorte de não ter nenhum amigo entre aqueles que faleceram naquela noite, mas que "a morte não foi a pior parte daquilo que aconteceu"; "Eu agora pergunto-me a mim próprio... o que é que eu posso fazer para tornar a minha vida melhor, a minha e a dos outros... eu tento manter-me positivo, todos estamos a fazer o nosso melhor para seguir em frente."
Por fim, pergunto-lhe o que precisa para ser feliz. Responde-me que só precisa de sol, pessoas e boa música; "Eu fico feliz só com isso. E hoje sou feliz, amanhã... bem, um dia a seguir ao outro." 
Obrigado Kohndo, foi um prazer conhecer-te e falar contigo.

Paris. 6 de Junho de 2016
Rui Soares


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