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Fernando Rodrigues, 51 anos

Fernando Rodrigues, 51 anos. Imagino que para os leirienses este senhor não seja um estranho. Muitos já o viram, garantidamente, a passear pelas ruas da cidade, de máquina fotográfica na mão. É natural de Vila Franca de Xira e não hesita em demonstrar uma enorme paixão pela cidade de Leiria. “Vim quando tinha apenas 8 anos. Na altura não gostei da ideia porque tinha lá os amigos todos. Mas depois, com o tempo, fui tendo novos amigos e gostando da cidade e, na realidade, agora, apenas regresso a Vila Franca de tempos a tempos”, conta sorrindo. Inicialmente, começou por coleccionar postais, mas mais tarde, a recolha de imagens tornou-se um vício. Há 23 anos que o Fernando se dedica a reunir postais, fotos e documentos antigos relacionados com a cidade de Leiria. “Procuro obter tudo o que é relacionado com a cidade. Vou investigando com recurso do Arquivo Distrital de Leiria e a livros antigos. Vou também a locais abandonados para poder imaginar a história daquele espaço. Ás vezes, entro em sítios abandonados e degradados que parece que ainda ontem estavam habitados. Dá a sensação que o tempo pára. É o descobrir de uma cidade de outros tempos”, descreve Fernando. Apesar de ter tudo catalogado e organizado para poder encontrar sempre o que necessita, admite que já perdeu a conta à quantidade de coisas que tem em seu poder. Tem por hábito ir fotografando a cidade de Leiria actual para poder comparar com o antigamente. “Já nem sei quantos quilómetros percorri a ver e fotografar a cidade. Não tenho dúvidas em dizer que já o fiz mais a pé que de carro”, diz sorrindo. “Hoje em dia, já não é fácil encontrar algo que ainda não tenha. Mas quando encontro é uma felicidade tremenda. Há pessoas que me contactam para entregar coisas porque sabem que as irei estimar e permite enriquecer a colecção”, orgulha-se. Confessa que a sua preocupação é não ter um sitio com condições para guardar a sua colecção. “O meu maior inimigo é a humidade. Mas com calma irei conseguir ter condições para tudo. Por enquanto apenas quero continuar a fazer o que gosto”, desabafa. Não procurando nenhum tipo de reconhecimento, revela que sente uma satisfação enorme quando o contactam a informar que encontram familiares, por exemplo, em fotografias antigas. “Essas coisas, além de me incentivarem, acabam por ser uma enorme compensação por tudo o que vou fazendo”, assegura.

Leiria, 6 Junho 2016
Rui Miguel Pedrosa


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1 Comentários

  1. Estranhos da gente da vida e do mundo.......Estranho que estranhem que eu existo, que tu não me ligues, que a vida nos traga transformação mediatica e social....estranho que a felicidade não nos seja mais evidente quando está aqui tão perto de mim...

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