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Jaime Martins, 58 anos

Jaime Martins, 58 anos. Encontrei o senhor Jaime a trabalhar e quando meti conversa com ele, acedeu logo; “até vou aproveitar para fumar um cigarrinho” disse ele. Começamos a conversar sobre ele estar a trabalhar num feriado: “é porque é preciso” exclama ele. “a necessidade é que obriga, sou pedreiro mas hoje em dia é o que aparece, nos pegamos em tudo, já faço isso desde os meus 12 anos” contou ele, para continuar a dizer que antigamente não havia muita hipótese, sem ser trabalhar; “não havia nada que querer na altura, tinha de ser para trabalhar, a minha mãe tinha 14 filhos, eu sou o mais velho, tive de ir trabalhar para ajudar no sustento e não me arrependo de nada, até porque a havia a escola de São José que era de graça, mas teve de ser, depois da 4 classe, teve de ser, tive de ir trabalhar para os meus irmãos comerem” conta determinado, descrevendo-me um pouco o ambiente da altura, disse-me de forma bastante tranquila que: “era passar fominha, naquele tempo, era esperar que viesse o dinheiro para se ir as compras, comíamos mais peixe, hoje é que peixe é considerado fino” diz ele a rir. Depois dos filhos já terem as suas vidas organizadas, o Sr. Jaime quer levar uma vida mais calma sem muitos planos; “os planos, bem, já tenho os meus filhos de vidas organizadas, agora, eu, espero viver mais uns anos mais a mulher, é isso, trabalhar para ir comendo qualquer coisa e assim estou bem, mas ainda há tanta coisa para fazer, mas na época de hoje, da maneira que isto está, uma pessoa pode sonhar, pode falar, já não amanha vida, da maneira que isto está, não há que sonhar, sonhar é viver o dia, já é bom acordar e ver o dia”, termina ele de forma resignada. Boa sorte para si senhor Jaime e obrigado.

Atalhada. 10 de Junho de 2016
Rui Soares


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