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Graça Alves, 59 anos

Graça Alves, 59 anos. É funcionária pública e não esconde a paixão enorme que sente pela cidade de Leiria. “Leiriense de gema e conheço-a como a palma das minhas mãos”, assegura. Embora a carreira profissional a tenha mantido afastada durante uns anos, acabou por não resistir às saudades das “terras do lis” e regressou para se instalar “perto do castelo”. “Sabe, quando casei, acabei por deixar a escola incompleta e estabelecer outras prioridades. Mudei-me para a Marinha Grande onde trabalhei durante uns anos. Tive um negócio durante 5 anos - que não correu da melhor forma - e depois fui trabalhar para um stand de automóveis. Mas lá está, não resisti às saudades da ‘minha cidade’ e regressei”, conta. “Reconheço que um pouco de mim sempre sentiu que não estava satisfeita. O que gostava, na realidade, era que o dinheiro não condicionasse as pessoas. Dessa forma conseguiria um dia ser escritora. Adoro escrever. Até já tenho um livro escrito”, acrescenta, a sorrir. Admite que nunca gostou muito de cumprir horários, mas, ainda assim, em 1996, concorreu para assistente administrativa na área de saúde, de onde foi mais tarde transferida para o departamento das Finanças. “Mas deixe-me que lhe diga uma coisa gira. É que concluí o 12º ano apenas há 3 anos, junto com um grupo de outros colegas de profissão”. Afiança que nada lhe foi imposto. “Na realidade, senti que podia fazê-lo, e é importante para poder concorrer, no futuro, a outros concursos públicos. Encarei como um desafio para mim”, diz com orgulho. Agrada-lhe a modernização do sistema informático de modo a que possa haver uma utilização mais controlada do papel, mas confessa algum receio que a evolução tecnológica possa vir a ser prejudicial para os trabalhadores. "Qualquer dia será tudo informatizado e só a ideia que os computadores possam vir a substituir as pessoas, levando a que haja cada vez mais desemprego, assusta-me. E na realidade, basta olhar à nossa volta para vermos bastantes exemplos. Muitas das vezes nem as percebemos. Mas elas estão lá”, conta Graça.

Leiria, 25 Maio 2016
Rui Miguel Pedrosa


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