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Eder Cunha, 18 anos

Eder Cunha, 18 anos. Encontrei o Eder a jogar basquetebol enquanto ouvia música, num dos parques da cidade. É natural de Cabo Verde, onde era jogador profissional mas, atualmente, “os estudos falaram mais alto e tornaram-se prioridade”. Veio fazer a licenciatura do curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores. “Vim com 17 anos, por haver melhores condições de estudo. Vim sozinho. Mas felizmente já tinha cá bastantes amigos, também cabo-verdianos, o que ajudou na integração. Mas sei que para a família não foi fácil porque somos bastante unidos”, conta.
Para Eder tem sido uma experiência bastante reveladora por não se sentir tão dependente da família. Está a aprender a “crescer como pessoa e, dessa forma, pode conhecer o mundo mais cedo. Além do mais, esta nova experiência tem-me obrigado a fazer uma gestão em que anteriormente nem pensava. Por exemplo, tenho de gerir o dinheiro que a minha mãe envia e esse dinheiro tem de chegar para as despesas do mês”. Sorri e diz que, no contexto financeiro, até já teve uma aventura, no início desta experiência em Leiria quando o mês chegou a meio e já tinha gasto todo o dinheiro que a mãe lhe tinha enviado. “Foi um mês em que tivemos mais rambóias e, lá na casa, tivemos de andar à crava uns dos outros”, conta. Mas diz que ao mesmo tempo foi quando percebeu que “não podia andar assim e serviu de lição. Creio que nesse momento foi quando tomei consciência que a responsabilidade mudou”. 

Leiria, 10 Abril 2016
Rui Miguel Pedrosa


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