Ana Rita Santos, 28 anos. É técnica de informática e sistema. Conta que é uma área onde não é fácil encontrar trabalho e, por isso, ela também é vítima do desemprego, tal como muitas outras pessoas em Portugal. “Já pensei em emigrar mas, depois de avaliar as opções, acabo por perceber que lá fora a taxa de desemprego também é elevada. Como tal, não é fácil encontrar trabalho. Até já há países que nem deixam os emigrantes entrar”, desabafa Ana Rita. E refere que, aliado a isso, junta-se o facto de que teria de ir sozinha e, dessa forma, também não iria ser tarefa fácil. Lamenta a situação do desemprego em Portugal. “O que é realmente preocupante é o elevado número de pessoas que está inscrito no centro de emprego e apenas se limita a querer receber os subsídios. E alguns desses inscritos são jovens que estão em casa dos pais e nem têm despesas”. Mas Ana Rita, que faz parte desses jovens inscritos no centro de emprego, decidiu seguir um rumo diferente na vida dela. “É óbvio que cada caso é um caso. Mas, no meu caso, optei por não sobrecarregar os meus pais. Cheguei a uma altura que já precisava de viver sozinha e fazer-me à vida”, conta sorrindo. Um dos ideais de Ana Rita é não se limitar à procura de trabalho apenas na sua área. Diz ter noção que, um dia, o apoio do centro de emprego irá acabar. E, em jeito de conclusão, diz “tenho esperança. E até esse dia chegar espero conseguir arranjar algo”.

Leiria, 15 Abril 2016
Rui Miguel Pedrosa