Xiaomo Xiong, 33 anos. “Tenho 33 anos, mas faço 34 esta semana, se quiseres já me podes dar os parabéns!”; foi assim que começou a nossa conversa, quando o encontrei a caminho da Art Basel. O Xiaomo é jornalista, trabalha para uma revista de design chamada IDEA e está aqui em Hong Kong a trabalho: “não sou natural daqui, sou de Xangai. Mas gosto disto. Hong Kong sempre foi uma fantasia para os chineses do continente. Já foi mais e continua a ser, mas agora é um destino bem mais alcançável e bom para vir fazer compras.” Diz que provavelmente seria uma cidade ainda mais interessante quando era do domínio britânico, porque era bastante mais “exótica para os chineses”, mas reconhece que assim têm bastantes mais chances de viajar para países como África do Sul, México, Cuba, etc. Mesmo gostando muito de Hong Kong, diz que nunca poderia viver aqui: “eu venho de Xangai, e deixe-me dizer-lhe…é um outro mundo, tens de lá ir. Ambas são cidades modernas, é verdade, 10 milhões de pessoas, cada uma com um ritmo muito rápido na vida… mas é um mundo completamente à parte”, contou-me a rir e orgulhoso das suas origens. É um homem muito positivo, e esse tem sido sempre o seu estilo de vida: “eu tento ser muito aberto a novas coisas, novos projectos, novas pessoas, e estou sempre tentando ser positivo sobre tudo na vida. Gostaria de ter uma vida muito criativa misturada com a vida empresarial. Eu não sou uma pessoa muito louca nem aventureira, eu não sou rico… eu estou ali no meio. Não faço grandes planos, deixo as coisas acontecerem . Apenas tenho o plano geral de ser feliz, criativo… sou positivo, e a vantagem de sermos positivos é que estamos sempre abertos a opções diferentes, novas chances, e eu acho que todos nós devemos ser assim: não nos fecharmos, aproveitar a vida!”, disse a rir antes de ir com os amigos.
Hong Kong, 25 de Março de 2016
Rui Soares
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