Carlos Ferreira, 69 anos. Depois de me cruzar na estrada com um senhor que circulava de mota, com o cão ao colo, dei início a uma pequena “perseguição” e assim que ele parou abordei-o. A cadela saltou logo da mota e veio na minha direcção a ladrar. “Essa é a Estrela. E anda sempre comigo. Não se preocupe que ela é um amor”, diz Carlos, sorrindo, em forma de apresentação da “fera”. Tem apenas 9 meses e é a sua grande companhia. “Anda comigo para todo o lado. É só chamá-la que até parece que já sabe que é para ir dar uma volta. Até já a levei ao futebol e tudo. Anda mesmo sempre comigo. Até quando vou dormir”, conta Carlos soltando uma gargalhada e chamando a Estrela para exemplificar como ela sobe para o seu colo. É impressionante como a cadela se posiciona de forma confortável, dando a entender que está familiarizada com o processo e pronta para arrancar viagem. Conta que não precisou de muito tempo para que ela se habituasse e no que diz respeito a quedas, também nunca foi um problema. “Olhe, amigo, e esta já é a minha segunda cadela. Já tive outra, que se chamava Channel, também andava sempre comigo. Já a tinha há 20 anos mas infelizmente faleceu. Já estava mesmo velhinha”, recorda com alguma saudade. Mas revela que começou a sentir falta da companhia de um cão e foi quando lhe deram a Estrela. “E, se calhar, em forma de homenagem, quis logo começar a querer fazer com este amor o que fazia com a Channel. Ela também andava comigo de mota. Agora, lhe garanto, que ninguém me apanha por aí sem a companhia dela”, confessa Carlos.
Leiria, 19 Julho 2016
Rui Miguel Pedrosa
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