Ad Code

Responsive Advertisement

Andrea, 43 anos

Andrea, 43 anos. Encontrei o Andrea na Biblioteca de Pombal e quando me aproximei e lhe expliquei o projeto, ele soube logo sobre o que iria falar comigo. Até parecia que estava à espera que o abordasse. Começou por dizer que nasceu em Padova, Itália, e que vem com alguma regularidade a Portugal, por ter cá família. 
Mas feita a síntese foi direto ao assunto e disse: “Vamos falar sobre eu ser ‘vegan’. É um assunto mais interessante para abordarmos”. E revelou que tinha cerca de 20 anos quando começou a adotar este estilo de vida. “Creio que o processo natural é começar por ser vegetariano. Acho que todos começam por aí. A dado momento, comecei a questionar-me sobre o motivo que me levava a comer carne. E mais tarde, então, passei a ser ‘vegan’. Comecei a ter mais atenção a produtos de origem animal e ao material usado”. Pedi para explicar a diferença entre um ‘vegan’ e um vegetariano. “Quando somos vegetarianos não temos motivos éticos: apenas não se consome carne. O ‘vegan’ tem motivos éticos e deixa de consumir carne ou tudo o que é de origem animal. Aquilo que é considerado a ordem natural da vida ou aquilo que designam como ‘cadeia alimentar’, não faz sentido. Porque hoje em dia há tantas alternativas e igualmente boas. A indústria animal é um exercício a longo prazo para fazer o mesmo com os Humanos. E os campos de extermínio são um exemplo disso. Para um Humano é ‘fácil’ matar um animal, mas o problema surge quando os humanos se mentalizam que outro Humano é um animal, apenas para ser mais fácil de abater”. 
“Tudo o que nos identifica na sociedade, desde os cartões de cidadão à carta de condução ou até mesmo os IP’s dos computadores, são equiparados aos números de série dos animais. Não justifica matar um animal para comer ou fazer casacos de peles. O animal tem igual direito à vida”.

Pombal, 13 Fevereiro 2016
Rui Miguel Pedrosa


Enviar um comentário

0 Comentários

Ad Code

Responsive Advertisement