Marco Guerreiro, 35 anos - Encontrei o Marco enquanto estou por Paris. Hoje foi um dia cheio de trabalho apesar de estar aqui de “férias”. Assim que cheguei ao aeroporto deparei-me com uma grande manifestação dos taxistas de Paris contra a UBER. No meio dos encontrões normais de uma manifestação encontro o Marco. Filho de pais portugueses, nasceu em Paris e desde sempre que se dedica aos táxis. Este local onde fiz a fotografia é uma enorme praça, no centro de Paris, onde os taxistas estão estacionados há 3 dias como forma de protesto. Falam de ilegalidade, de o facto do governo francês não proibir “de uma vez por todas” as operações da UBER no país. Queixam-se de concorrência desleal pelo facto de praticarem preços bastante abaixo daquilo que os táxis praticam, "e como é óbvio as pessoas preferem o mais barato, mas nem sempre é o melhor”. “Já vi motoristas da UBER também de fato de treino", reparou. A manifestação desta manhã ficou marcada pela queima, em público, dos documentos que comprovam que a UBER é uma empresa legal. O Marco pertence ao sindicato dos taxistas e promete não parar a luta, considerando que "o pior ainda está para vir".

Paris, 28 de janeiro de 2016.
João Porfírio