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João Carvalho, 17 anos

João Carvalho, 17 anos. O João nasceu no Brasil, mas não se nota nenhum sotaque. “É normal, vim para cá quando tinha apenas dois anos. Os meus pais vieram à procura de oportunidades de trabalho. Já tínhamos cá família, em Leiria, então arriscaram”. Perguntei se, desde que vieram para Portugal, regressaram ou se estão a pensar voltar. “Não. Preferimos Portugal. Tem melhor nível de vida. Já para não falar que o Brasil se tornou num país com excesso de violência. Uma das vezes que a minha mãe foi lá de férias, apanhou um susto valente porque assistiu a um assalto, mesmo à frente dela. E é claro que não se pode fazer nada”. O irmão de João está no Brasil a morar com uma tia. “Mas até ele já quer voltar para cá. No meu caso, apenas tinha lá a minha avó, que era o único motivo que me fazia querer voltar. Mas infelizmente ela faleceu. Portanto agora já não penso muito em ir ao Brasil”. 
Frequenta um curso profissional de Mecatrônica. E um dia gostava de um dia vir a trabalhar nessa área. “Sei que tenho capacidades para estudar. Basta estar com atenção. Mas optei pelo curso profissional porque creio que me consigo safar melhor e porque acho que é mais fácil. No ensino regular é preciso estudar muito mais”. 
Confessa que considera ter aptidão para comediante. “Gosto de humor. Piadas de improviso. Gosto de recorrer ao ridículo para fazer piadas. Não é preciso andar a dizer asneiras para conseguir boas piadas”. Perguntei o que o impediu de seguir a área. “Teria de ir para Artes. E, sabe, sou um bocado desleixado com os estudos”. 
Acabámos por ficar a falar sobre a escola Chapitô, que podia ser uma possível solução para o ajudar, que ele não conhecia. Espero que o seja e que o venha a ajudar.

Leiria, 20 Janeiro 2016
Rui Miguel Pedrosa


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