António Candeia, 24 anos. Encontrei o António durante uma iniciativa, em Pombal. Ali, apercebi-me que ele era “popular” entre as pessoas, toda a gente o conhecia e falava com ele. Então fui aborda-lo, respondeu-me que tinha todo o prazer em entrar no projecto. “Gosto muito de ser fotografado”. Comecei por lhe perguntar o que ele fazia, ao que responde: “costumo entregar panfletos, em Pombal. Para ganhar uns trocos e comprar coisas, lá para casa, para ajudar a minha avó”. “Sabe, gosto de ajudar, sinto necessidade em fazê-lo”. Perguntei-lhe, porque motivo sentia essa necessidade. Ele sorri e diz: “temos de nos ajudar uns aos outros”.
Entretanto, aproximou-se uma senhora mais velha e, junto ao ouvido, pergunta: “Já percebeu que ele não é bom da cabeça?”. Eu respondi: “pois, pode ser, mas irei continuar a falar com ele”. Depois disso, a senhora acabou por se afastar. E quando vou para continuar a conversa, com o António, ele já se tinha afastado. Fui procurá-lo para fazer a fotografia. Logo de seguida ele meteu-se a conversa com outro grupo de pessoas onde era notório todo o carinho que as pessoas sentem por ele.
Pombal, 6 Janeiro 2016
Rui Miguel Pedrosa
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