Ana Cunha, 44 anos. Ana é professora do primeiro ciclo. Já trabalhou com alunos de educação especial e está, agora, a tentar aprofundar conhecimentos numa nova área, a das crianças sobredotadas. "Estou a tentar formar-me num projecto-piloto, em Leiria, para um teste científico. Foi criado nos EUA, e é aplicado por professores aos alunos, de modo a identificar crianças (sobredotadas), em função de algumas particularidades e necessidades". A formação nesta área, considera, é muito importante, uma vez que "sozinha não conseguiria fazê-lo". “Já dei aulas a alunos da educação especial. Por vezes, alguns deles podem ser identificados como casos de crianças sobredotadas porque se incluem nas necessidades educativas especiais. Mas, nesses casos, precisamos de ter estratégias de intervenção”. Um dos pontos de partida, defende, é tentar perceber "qual a área de interesse do aluno", que pode variar entre Humanidades, Ciências ou Expressões. Pergunto-lhe o que fazem quando esses casos são identificados. “Depois de perceber a área na qual têm maior interesse, são elaboradas propostas para os desenvolver e estimular a sua curiosidade”. Um professor, diz, tem um papel importante nesse processo. “Em alguns casos, esses alunos, têm tendência para se isolar, por não se sentirem integrados. Mas nem todos agem da mesma maneira”, explica. E destaca também o importante papel que as famílias têm nestes casos. "Cabe também aos pais desenvolverem actividades na comunidade onde vivem, para ajudar a procurar respostas".
Leiria, 14 Janeiro 2016
Rui Miguel Pedrosa
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