Martha B., 35 anos, Aveiro. É apaixonada por animais desde criança, de tal forma que "sempre quis ser veterinária". Agora que é essa a profissão que exerce, confessa que é uma atividade desgastante. "É cansativa, física e emocionalmente". É que, explica, "não é fácil digerir os casos mais tristes e a frustração de nem sempre conseguir salvar os animais, quando são casos mais críticos". Os veterinários, conta, têm procurado tentar mudar a forma de pensar da sociedade na forma de olhar os animais. "Temos feito acções de sensibilização das crianças, sobretudo nas escolas, sobre a importância dos sacrifícios pelos animais. Acho que tem de começar por aí". Mas admite que há, ainda, muito a fazer. Reforça o quanto "é gratificante ajudar e trabalhar com o que mais gostamos". Mas, pensando em muitos dos casos que acompanhou nos últimos anos, considera que ter que "lidar com a frieza das pessoas é o mais complicado".
Leiria, 15 Dezembro 2015.
Rui Miguel Pedrosa
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