Queenie Yau, 24 anos. Encontrei a Queenie numa das zonas mais movimentadas de Hong Kong. Quando lhe expliquei o projecto e disse que era português, disse-me logo entre risos: "Oh, Cristiano Ronaldo, ele é um Deus!”. Começou por me dizer que é promotora de jogos, e "felizmente ou infelizmente" já não estuda. O negócio hoje não está a correr particularmente bem por causa do tempo: "Hoje esta muito frio e eu tenho eu tenho que estar vestida assim! Mas como não gosto de estudar tenho que trabalhar”, diz resignada. Nascida e criada em Hong Kong, admite que não gosta muito de viver nesta cidade: “há muitas pessoas, demasiadas. E o ambiente não é o melhor, a cidade está ficando muito suja. Hong Kong é uma bela cidade, mas agora não está tão bem, pelo menos para mim. Além do mais, as pessoas estão ficando muito rudes, grosseiras, as pessoas já não pedem desculpa nem agradecem... isso não é bom”. Diz que não tem muitos planos porque ainda é muito jovem, por isso só no futuro vai começar a planear mais as coisas; “é difícil viver nesta cidade. Não sou nada feliz porque precisamos de ter muito dinheiro e é muito caro de se viver aqui, tudo muito caro. O nosso salário base é bastante baixo e por isso não posso ter a vida que eu quero.” Diz que poderia ser médica, advogada ou professora, mas volta a frisar que sempre odiou estudar. Assim, refere que tem de trabalhar muito naquilo que aparece, mas nem sempre há trabalho. "No futuro, eu só quero continuar a ser bonita e elegante como sou hoje, com um bom marido e uma boa família. São os meus maiores objectivos aqui em Hong Kong”, remata ela antes de voltar ao trabalho. Infelizmente não consegui perceber qual era o jogo que promovia porque era estritamente direccionado ao mercado chinês e não tinha tradução para inglês. Boa sorte para a tua vida, Queenie.
Hong Kong 21 de Março de 2016
Rui Soares
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