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Jorge Barrento, 51 anos

Jorge Barrento, 51 anos. É amante de um desporto a que poucos dão valor. E é precisamente essa indiferança que o deixa descontente. “Não tenho problema em dizer que dedico toda a minha vida pelo xadrez. E por isso é que me entristece apenas ligarem a algumas modalidades”. O xadrez está-lhe no sangue desde os 12 anos. “No início, olhei para ‘aquilo’ e achei que nunca iria gostar. Senti que não era para mim porque sou hiperactivo. Nunca me imaginava a estar ali, em frente ao tabuleiro, sentado durante horas”. Mas a opor-se a esse sentimento estava uma curiosidade tremenda em aprender a jogar. “Então fui desafiado a aprender. Apesar de ter aprendido rápido é claro que perdi o primeiro jogo. Mas não me deixei ficar e decidi ser eu próprio a desafiar a pessoa. E olhe, além de ter gostado imenso, ganhei o segundo jogo”. O objectivo do jogo é simples: fazer xeque-mate ao rei. Daí, e como por vezes em tom de brincadeira se diz que este "jogo mete sangue", pode intuir-se que o xadrez é violento. Mas na realidade não passa “de um tabuleiro onde temos de criar planos para matar o rei do adversário”, conta Jorge a sorrir. Como se trata de um jogo que obriga a destreza mental, entende que devia ser ensinado aos mais novos logo desde cedo. E explica porquê: “Não tenha dúvidas que se meterem uma criança que jogue xadrez frente a frente com uma que não jogue que se irá perceber a diferença. É um cálculo mental para as crianças, e adultos, que é fantástico para o desenvolvimento. Aprende-se a ter autodomínio e respeito pelo adversário. É um desporto que nos ensina a crescer e a lidar com a vida no dia-a-dia”. 

Pombal, 30 Março 2016
Rui Miguel Pedrosa


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