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Joana Passadouro, 14 anos

Joana Passadouro, 14 anos. É uma das portuguesas que estava em Bruxelas, num hotel próximo da estação de Metro, onde ocorreram as explosões. “Estávamos a ir para o pequeno-almoço quando vimos nas notícias que tinham havido uns ataques em Bruxelas. É claro que nem sabíamos, nem tivemos noção da real gravidade das coisas. Os professores tranquilizaram-nos explicando que tinha sido distante de onde estávamos. E para nos manterem sempre em segurança pediram que saíssemos daquela zona porque havia demasiados vidros. Acabámos por subir para os quartos e ficámos lá na brincadeira e a jogar às cartas. Os nossos pais estavam super preocupados e mantivemos logo o contacto para que soubessem que estávamos bem. Nisso os professores foram impecáveis porque nos transmitiram sempre bastante segurança. Mais tarde, acabámos por perceber que afinal aquela estação estava bem próxima de nós, a cerca de 1 km. Mas o pior é que essa era a estação para onde teríamos de ir para fazer a visita ao Parlamento Europeu”, conta Joana. Apesar de tudo o que aconteceu, considera que tiveram pouca noção das consequências. “Não ouvimos qualquer barulho. Apenas os carros da polícia e ambulâncias. No meu caso não senti medo nenhum e felizmente correu tudo bem. Viemos de autocarro para Portugal, o que foi fixe porque ficámos mais tempo juntos. Agora não, mas um dia não me importo nada de lá voltar”, conta sorrindo. E em jeito de conclusão, perguntei o gostava de ser quando 'fosse grande'. Resposta pronta: “Quero ser médica. Quero chegar a casa e saber que salvei vidas. E depois desta experiência, agora que estou cá, fiquei a perceber que podia ter estado lá a ajudar aquelas pessoas”. 

Milagres, 24 Março 2016
Rui Miguel Pedrosa


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