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Ana Oliveira, 43 anos

Ana Oliveira, 43 anos. É natural de Reguengos de Monsaraz, no Alentejo. Perguntei-lhe como veio parar a Leiria. “Estou cá há 26 anos. Na altura, vim cá de férias, para ficar apenas 15 dias, com o meu tio e primas. E acabei por ficar. Gostei da cidade e nesse tempo era mais fácil encontrar trabalho. No Alentejo, ou se trabalhava no campo ou pintava-se loiça. Que até isso, hoje em dia, está mau”. Confessa que arranjou trabalho, com alguma facilidade, numa fábrica de tecidos. “Depois acabei por sair e estive 10 anos naquelas lojas que outrora eram conhecidas como ‘Loja dos 300’. Mais tarde, desafiada por uma amiga, acabei por ir trabalhar para o Hospital de Leiria”. Ana é Assistente Operacional, profissão mais conhecida como Auxiliar de Acção Médica. Nesse momento, a conversa resvalou para algo que temos em comum: “O receio de algum dia, no trabalho, receber alguém que nos é próximo». Na profissão dela e na minha, por vezes, passamos por situações com as quais “temos de aprender a lidar friamente”. Apesar de tudo, Ana gosta do trabalho que tem e não pretende voltar para o Alentejo. “Entretanto acabei por casar e tenho dois filhos que já cá têm a vida deles. A não ser que ganhe o Euromilhões. Aí sim, ia para lá recuperar a casa dos meus pais. É um local que, para mim, tem muito valor. Apesar de não ter nascido lá é uma casa que gosto imenso. Foi onde fui criada. Onde aprendi tudo”.

Leiria, 28 Fevereiro 2016
Rui Miguel Pedrosa


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