Cary Moyers, 39 anos. O Cary foi a primeira pessoa que conheci quando cheguei à Graciosa, onde estou em trabalho. Americano, vindo do Alabama mas originário da Virgínia Ocidental, estava encantado com o que estava a ver: “esta ilha é tão linda, tão verde, e a forma como dividem as terras com as pedras é algo único”. Chegou ontem, também a trabalho, para instalar um dispositivo meteorológico: “vim agora do Alasca, estive lá a instalar um radar igual a este e quando me disseram que tinha de vir para uma ilha no meio do Atlântico chamada Graciosa, até fiquei espantado. Fui logo pesquisar ao Google e achei lindo, faz-me mesmo lembrar a minha terra natal. Era no campo, tinha apenas 2000 ou 3000 pessoas, e estar aqui faz-me mesmo lembrar o local aonde nasci e vivi em criança, gosto muito deste tipo de ambiente, mais relaxado”. Não sabe para onde vai a seguir, apenas sabe que quer ir ver a filha, que tem 8 anos. A semana passada foi a primeira vez que a levou numa caçada; “foi tão bom, ela adorou. Fomos caçar veados e ela gostou muito. Eu fiquei tão feliz de ver que ela estava a gostar e de agora a ter como minha parceira na caça”, diz orgulhoso. Quando nos despedimos, só me dizia que tinha de cá voltar, "mas não em trabalho, só para relaxar e aproveitar!”. Diverte-te e bom trabalho na nossa "ilha branca", Cary.
Santa Cruz da Graciosa, 17 de Janeiro de 2016
Rui Soares
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