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Adriana S.

Adriana S. 22 anos. Encontrei a Adriana a 35000 pés de altitude, num voo demasiado matinal. Quando lhe perguntei se queria fazer parte do projecto, nem me deixou explicar o resto e disse: “eu sei quem tu és, eu conheço o vosso projecto e deixa-me que te diga, adoro-o!”. Não contive a gargalhada e perguntei-lhe se queria ser a minha “estranha” do dia, ao que me respondeu: “isto é estranho, mas sim, claro que sim”. Acho que foi o melhor início de conversa que tive desde que começamos o Um Estranho Por Dia. Nasceu em Tavira, mas deixou tudo porque o namorado é jogador de futebol e "larguei tudo para ir com ele viver para São Miguel, está a ser uma aventura mas estou a adorar. É tudo tão verde e bonito, com aquele mar, é tudo muito bonito." Conta que está sempre a fotografar, mas "não como as vossas fotos”, diz a rir, referindo-se a mim e aos meus colegas do projecto. “Eu fotografo tudo nos Açores, tudo”. Conta-me que, por vezes, a vida de namorada de um jogador de futebol não é muito fácil: “nunca sabemos como vai ser o ano a seguir, estávamos a contar ir para Lisboa e acabamos nos Açores, que no fundo foi o melhor que nos podia ter acontecido”. Vai agora ver a mãe a Tavira no Natal, já não a vê há 3 meses e isto deixa-a muito triste mas “estamos a construir o nosso futuro, tem de ser, é assim mesmo, não queríamos ter uma relação à distância e arriscamos tudo, é muito bom termos o nosso espaço, para crescermos como casal”. Por vezes não é fácil porque, como ele viaja muito, acaba por passar algum tempo sozinha, e porque têm "algumas criticas, porque ele é jogador da bola”, conta ela com uma gargalhada e uma certa ironia na voz. “Mas somos muito amigos, para além de namorados, somos o pilar um do outro”, finaliza. A mudança para os Açores fez com que andasse de avião pela primeira vez; “não tive medo, adoro andar de avião agora e viver numa ilha é diferente, não sei explicar... o cheiro, não sei explicar mesmo. E as pessoas são muito simpáticas. Mas no dia do meu aniversário estava alerta vermelho, nunca vi um temporal daqueles na minha terra”, confessa. Não faz muitos planos para o futuro, diz que os tempos não são de sonhar muito alto, mas, ao mesmo tempo, “temos de agarrar todas as oportunidades que a vida nos dá”. Despedimo-nos com alguma alegria e só espero, Adriana, que o André chegue ao Benfica! Sobrevoando o Oceano Atlântico. 

22 de Dezembro de 2015. 
Rui Soares


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