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Maria Galveia, 65 anos

Maria Galveia, 65 anos. As horas que antecedem as peregrinações ao Santuário de Fátima são sempre bastante movimentadas no que diz respeito às pessoas que se dirigem ao recinto de oração à procura dos melhores locais para poderem demonstrar a sua fé. E despertou-me a atenção a senhora que estava no topo do recinto do Santuário sentada junto ao gradeamento. “Todos os anos venho a Fátima porque tenho muita fé em Nossa Senhora. Venho para aqui guardar o lugar e também tenho aqui as coisas necessárias para pernoitar neste sitio”, conta Maria. E diz ficar neste local, distante do altar, porque não consegue ir para mais próximo. “Quero ficar no melhor lugar para ver passar a imagem de Nossa Senhora”, revela. E quando lhe pergunto porque motivo não está mais próximo do altar, confessa que não consegue. “Tenho fobia! Não consigo estar no meio da confusão. Sei que se estiver lá que me irei sentir mal e vou desmaiar”, afirma mostrando um ligeiro sorriso tímido. Explica que até já foi ao médico e que tem agorafobia. Apesar disso, quando vem a Fátima, tenta estar no melhor lugar possível, sem que se sinta mal. “Até lhe digo mais, já viajei até ao Brasil, numa viagem que dura 8 horas e foi um martírio. Desmaiei. Mais tarde, ainda não estava satisfeita, fiz um cruzeiro de 5 dias. Foram 5 dias de cama”, diz em tom animado. Mas confessa que recorre a comprimidos para poder lutar contra a sua fobia. “Apesar disso arrisco tudo até que um dia consiga perder o medo”, diz confiante.

Fátima, 12 Maio 2016
Rui Miguel Pedrosa


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