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José Baptista, 76 anos e Kika, 2 anos

José Baptista, 76 anos e Kika, 2 anos - Encontrei o Sr. José junto ao CCB em Lisboa "Vim aqui passear a Kika, vivo sozinho com ela e com uma gata a Beti." Perguntei-lhe se era viúvo "Não, separei-me depois de uma vida. Sabe, às vezes vejo na televisão casos de violência doméstica, e eu que não sou capaz de matar uma formiga, passei tantas mas tantas coisas tão graves que não sei como não fui parar à prisão e a minha mulher ao cemitério" Não querendo falar mais do assunto mostrou-me algumas fotografias de quadros que pinta "Pinto para mim, agora até tenho uma exposição com mais de 100 quadros aqui perto, mas não é para vender. Sempre fui empreendedor e meio inventor. Tive uma fábrica de rolos, trinchas e pincéis e cheguei a ser o numero um em Portugal a vender estes artigos. Depois e também devido a problemas pessoais eu desaparecia e talvez por essa instabilidade fui à falência três vezes mas sempre me levantei. Tive também uma quinta que produzia pêssegos e ameixas era tudo com tecnologia de ponta, também era dos maiores produtores a quinta tinha mais de meio milhão de metros quadrados com 30.000 pessegueiros." Depois a rir contou-me um dos episódios mais caricatos de outra empresa que teve: "Tinha uma empresa de pintar casas, pintávamos o interior da casa num dia, as pessoas preparavam a casa e ia lá uma equipa e pintava a casa toda. Um dia uns empregados meus foram a um prédio e pintaram um apartamento todo, mas quando chegaram ao escritório disseram-me que a casa não estava nada preparada, tiveram eles de tirar os quadros da parede, até se queixaram que havia roupa espalhada e tiveram eles de desarredar os moveis. No dia seguinte os donos do apartamento que ia ser pintado ligaram a dizer que ninguém tinha aparecido para pintar a casa mas disse-lhes que eles tinham lá ido pintar. Acontece que em vez de pintarem o 6º andar pintaram o 5º! O elevador parou no 5º e eles meteram a chave à porta e ela abriu, não estava ninguém em casa e nem repararam que estavam no andar errado! Pensei que isto ia arruinar o meu negócio mas por acaso conhecia o dono do outro apartamento e ainda me pagou metade do serviço, disse-me é que ficou assustado quando abriu a porta de casa e pensou ele que se tinha enganado!" 

Lisboa, 29 de abril de 2016
Miguel A. Lopes


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