Glória Teixeira, 68 anos - Vinha de carro e reparei numa senhora a fazer exercício físico e na sua energia a rodar umas rodas que parecem volantes de camião. Parei e fui lá meter conversa. A D. Glória sempre trabalhou e mesmo agora que se reformou continua a trabalhar, "não consigo parar de trabalhar, faz falta o ritmo e é bom ter de cumprir horários". Sempre que pode vem aqui ao parque fazer alguns exercícios, "isto faz muito bem". Vive sozinha mas tem sempre gente em casa ou a filha ou o neto, meio envergonhada mas a sorrir disse-me "todos na família dizem que sou um porto seguro e não vivem sem mim". Depois de lhe pedir para a fotografar soltou uma gargalhada "sou mais bonita ao vivo! Não gosto muito que me tirem fotografias muito menos um estranho e nestes tempos é de desconfiar!" Durante toda a nossa conversa e sempre com grande energia não parou de rodar as rodas e assim se despediu de mim.
Lisboa, 26 de dezembro de 2015.
Miguel A. Lopes
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