Valter Santos, 41 anos. Encontrei o Valter a passear num jardim, em Leiria, e chamou-me a atenção o cachecol do F.C.Porto. Contou que tem “uma paixão" pelo clube e por futebol. "Mas não tenho a mesma paixão, e nem perco muito tempo, a ver os jogos”, explica. O Valter está desempregado mas frequenta um curso de carpintaria. "Adoro lá estar”. Diz gostar muito dos colegas de curso, que "são porreiros" e passa lá bons bocados. E fez questão de fazer referência a um dos professores, Rúben. "Se estou lá, deve-se, em grande parte, a ele. É um gajo porreiro e ajuda muito”. Pergunto-lhe pela família. Responde que já teve momentos mais complicados. “Antigamente, o meu pai não queria saber de nós, mas agora está sempre connosco e isso é muito bom”, conta. Vivem em Porto de Mós. "Eles vêm visitar-me algumas vezes, infelizmente não tenho hipótese de os ir visitar e nem é pela distância. É que os transportes não vão ao cima da serra, que é onde eles vivem”. E no seguimento do tema 'família', confessa que teve um enorme desgosto de amor. "Só percebi que a tinha perdido porque, na altura certa, não tive a coragem de me declarar”. O tempo ajudou e hoje sente-se feliz. "Actualmente, tenho uma namorada e somos felizes. Festejámos a Passagem de Ano juntos e foi muito bom”.

Leiria, 1 Janeiro 2016
Rui Miguel Pedrosa