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Francisco Botelho de Sousa

Sr. Francisco Botelho de Sousa e os seus cães Condy (Esq) e Rummy (Dta) - Ontem foi mais um dia daqueles, dormi até tarde e passei a tarde na Assembleia a fotografar, só cheguei a casa eram dez da noite. Depois de jantar olhei para o relógio e tinha pouco mais de uma hora para fazer a foto de hoje. Moro em Benfica e à quarta-feira à noite há um encontro de cães no jardim perto do Colombo. Decidi passar por lá para ver se tinha sorte. No caminho passei por um quiosque, tinha uma senhora muito simpática lá dentro a trabalhar, conversei um pouco com ela mas quando perguntei se a podia fotografar disse-me logo que não. Já tinha pouco tempo e segui até ao jardim. Quando lá cheguei encontrei umas pessoas a conversar acompanhadas pelos seus cães, entre elas estava o Sr. Francisco Botelho. Depois das outras pessoas irem embora fiquei à conversa com ele, acompanhado pelos seus cães de raça boxer, disse-me que eram gémeos e que já têm doze anos. Ama incondicionalmente os seus cães e por gostar tanto desta raça de cães vai ter mais dois que nasceram à poucos dias e que alguém do grupo de amigos lhe vai dar. Confessou-me que quem não vai ficar feliz com isso é a sua mulher que não gosta de cães. A mulher do Sr. Francisco é chinesa, disse-me que a conheceu pela internet com quem casou em 2009. Vivem ambos com uma filha da sua mulher mas estão seriamente a pensar em emigrar para Inglaterra. Com 68 anos falou-me que já tinha tido sido director fabril numa metalúrgica mas que há 23 anos atrás a fábrica fechou e ficou desempregado. Desde aí dedica-se a montar réplicas de automóveis à escala que depois vende, mas que em Portugal os seus clientes devido à crise deixaram de comprar mas que em Inglaterra há mercado. A sua mulher também não consegue trabalho cá, então a solução mesmo com esta idade vai ser muito provavelmente emigrar. Falou-me que tem três filhos de um antigo casamento e que um deles, o João Botelho, também está emigrado em Inglaterra. Tirou uma licenciatura em Línguas mas o único trabalho que conseguiu cá em Portugal foi num call center. Pedi para o fotografar e agradeci. 

Lisboa 2 de dezembro de 2015. 
Miguel A. Lopes


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